“Um semeador de ideias” na Festa Nacional da Uva

José Zugno foi pioneiro no desenvolvimento técnico da área rural

Redação NBE

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17/02/2022
“Um semeador de ideias” na Festa Nacional da Uva Divulgação

3 min de leitura

A mostra Um Semeador de Ideias a Serviço da Vida Agrícola, que retrata a vida e obra do agrônomo, naturalista, ambientalista, pesquisador, professor e escritor José Zugno, será uma das atrações da Festa Nacional da Uva, que acontece em Caxias do Sul de 18 de fevereiro a 6 de março.

José Zugno foi pioneiro no desenvolvimento técnico da área rural que resultou na liderança estadual do município líder na produção de hortifrutigranjeiros, entre outras culturas destaque.

Suas iniciativas foram um divisor de águas no aperfeiçoamento e diversificação de culturas, como a uva, e na qualificação técnica dos agricultores para a produção de alimentos, impulsionando o desenvolvimento agrícola no município de Caxias do Sul.

Esse processo vivido no meio rural, bem como outras ações na área urbana, é contado na exposição José Zugno - Um Semeador de Ideias a Serviço da Vida Agrícola através de painéis temáticos ricamente ilustrados por textos e imagens exclusivas coletadas ao longo de 60 anos, pertencentes ao seu vasto acervo pessoal. A mostra é resultado de mais de dez anos de resgate, organização e catalogação do acervo de José Zugno realizados por seu filho Ricardo Zugno.

A mostra conta com financiamento da Lei Municipal de Incentivo à Cultura (LIC) e apoio cultural das Empresas Randon S.A., Instituto Elisabetha Randon, Racon Consócios, Pátio da Estação. Também são parceiros deste projeto Mebrafe Soluções em Refrigeração Industrial e Associação dos Engenheiros Agrônomos da Encosta Superior do Nordeste – AEANE.

Exposição de uvas na Festa da Uva

Sobre José Zugno

As iniciativas e ações do agrônomo e naturalista José Zugno (17/02/1924 – 09/02/2008) deixaram um imenso legado para a cidade de Caxias do Sul, tanto no meio rural como urbano. Mais do que fomentar uma agricultura técnica, José Zugno fomentou uma nova cultura de valorização da atividade do agricultor e do meio rural.

Os resultados positivos desta iniciativa marcaram o início da diversificação de culturas e da qualificação técnica dos agricultores na produção de alimentos no município de Caxias do Sul.

Para os agricultores representou melhoria na qualidade de vida e valorização de sua atividade.

Para os agrônomos tornou-se terra fértil ao propósito da profissão de produzir alimentos.

Para a população urbana significou o acesso a alimentos mais diversificados e mais baratos.

Desfile da Festa da Uva

Sob seu comando, o Município implementava em 1949 uma Diretoria de Fomento e Assistência Rural (DFAR), que viria a introduzir no meio rural variedades mais produtivas de cultivos, diversificação de produtos agrícolas, inseminação artificial do gado, serviço de tratores, entre tantas outras iniciativas. Para se ter uma ideia desse pioneirismo, a própria Emater (órgão estadual para assistência agrícola) só viria a ser criada seis anos depois (1955). A Diretoria de Fomento se transformou mais tarde na atual Secretaria de Agricultura do município.

O exemplo de Caxias do Sul seria mais tarde modelo copiado por outras cidades, sendo esta iniciativa uma antecessora das atuais secretarias de agricultura municipais, hoje presentes em praticamente todos os municípios brasileiros.

O trabalho de José Zugno era considerado de tal excelência que lhe garantiu preferência para estar à frente da DFAR/Secretaria de Agricultura durante 26 anos, sob nove administrações públicas dos mais variados partidos políticos.

No meio urbano é responsável pela criação das feiras do agricultor, que permanecem ativas e multiplicadas, pelo incremento de ambientes como praças, parques e jardins e pela farta arborização urbana que legou ao município um patrimônio arborístico diversificado, com espécies (nome popular) como jacarandás, estremosas, ligustros, ipês, entre tantas outras. O Horto Municipal de Caxias do Sul leva seu nome, em homenagem ao seu trabalho

Vida Agrícola - José Zugno foi incansável na disseminação dos conhecimentos que dispunha e na busca de novas fontes de pesquisa. Diante de uma era Google ainda inimaginável, ele coletou e conservou um vasto acervo de informações e materiais sobre tudo o que se relacionasse à natureza. Através da sua coluna Vida Agrícola, que ele manteve semanalmente para o jornal Correio Riograndense por mais de 50 anos, colaborou significativamente para o desenvolvimento do meio rural em todo o território nacional, onde chegava o periódico.

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