Que tal um ano mais leve?
Planeje seu ano para evitar o estresse e a ansiedade

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Desde 1º de janeiro de 2022, a Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, passou a ser considerada uma doença de trabalho na nova classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A síndrome, descoberta em 1874 pelo médico norte-americano Freudenberger, ficou especialmente conhecida a partir do início da pandemia. Segundo estatísticas, já afeta cerca de 30% da população brasileira, principalmente as mulheres mães que tiveram uma avalanche abrupta de responsabilidades domésticas adicionais.
É desencadeada pelo estresse crônico no trabalho e se caracteriza pela tensão resultante do excesso de atividades. Os sintomas mais evidentes são o esgotamento físico e mental, a perda de interesse no trabalho, a ansiedade, a depressão, pânico, dores no corpo e alteração de humor, entre outros.
A psicoterapeuta Rosemari Johan compartilha algumas orientações para se proteger e driblar a doença. Confira:
Não deixe o ano te levar para o estresse e a ansiedade
* Rosemari Johan
Estamos vivendo um novo tempo. Um tempo em que teremos que nos adaptar a novas situações, novas circunstâncias, com as quais, até então não precisávamos lidar.
E tudo o que é novo gera medo, estresse e ansiedade. O sentimento de não dar conta dos compromissos e das atividades do dia a dia tem sido cada vez mais comum. Temos muitos papéis a cumprir e aliar a vida pessoal com a vida profissional não está sendo fácil.
Mudanças são necessárias para a transformação e nem todos têm a capacidade de lidar com o que tudo isso gera.
Quero refletir um pouco com vocês sobre de que forma podemos lidar com nossas atividades do ano novo que já chegou. Como lidar com os compromissos, gerenciamento financeiro, filhos na escola, horários, trabalho, doença - e ainda - usar máscara, cuidar com a contaminação, estar atento aos sintomas...
Então, vamos lá:
1) Aprender a lidar com as frustrações.
Essa é, talvez, a questão mais difícil. A frustração é uma reação emocional que surge quando queremos alcançar um objetivo e há algo que nos impede essa ação. É uma experiência desagradável quando as coisas não ocorrem da forma que gostaríamos que andassem, precisamente num momento em que estamos tentando fazer algo.
Aprender a lidar com a impressora que pode estragar, o carro que precisa ser abastecido ou deu pane, o transporte que está atrasado... São situações que podem acontecer e “ninguém é culpado por isso”.
2) Planejar nosso dia a dia agindo de forma preventiva.
Alguns exemplos simples: fazer as revisões no carro para que ele não lhe deixe empenhada, manter os pneus em dia, fazer uma lista de compras para não ficar frustrada ao perceber que esqueceu algo, ter uma reserva financeira para as emergências.
3) Promover o autocuidado.
Cuidar da nossa saúde mental, com a psicoterapia ou a meditação, entre outros, nos ajuda profunda e substancialmente e ter mais paz no coração. A psicoterapia faz uma diferença grandiosa na nossa qualidade de vida, no exercício do autocuidado e da autodeterminação.
4) Não postergar seus compromissos e atividades.
Aquele ditado “não deixe para amanhã o que pode fazer hoje” é muito verdadeiro.
5) Aprenda a acalmar seu corpo.
Existem muitas atividades que podem ajudar. Um corpo calmo, bem preparado faz a diferença na administração dos sintomas.
6) Manter um ambiente limpo, bem organizado, na casa e no trabalho é undamental.
7) Gerenciar o tempo.
É preciso aprender a gerenciar o tempo. Ter noção da realidade e de quanto tempo você vai precisar para realizar certas tarefas. Por exemplo, considere que você não consegue ir do bairro ao centro da cidade em menos de 10 minutos. Fantasiar que isso é possível, não aceitar a realidade como ela é, gera ansiedade, estresse e ainda pode lhe colocar em risco desnecessário.
8) Boa alimentação é um fator primordial.
Se você não sabe como fazer isso, busque ajuda.
9) Cultivar uma egrégora de tranquilidade e paz.
Manter amizades e conviver com os amigos, com uma vida social equilibrada, alivia a pressão do trabalho ou de outras situações estressantes.
10) Integrar-se com a natureza.
Pelo menos uma vez na semana, caminhe num gramado, vá ao parque, faça trilhas, tome banho de cachoeira. Enfim, encontre o seu jeito de se conectar com a natureza e coloque na sua rotina.
*Rosemari Johan – é psicoterapeuta especializada em Estudos Avançados de Psicologia Transpessoal, Terapia Sistêmica individual, de casal e familiar e Mitologia Pessoal. Trabalha com a abordagem Reichiana e integra o CIT - Colégio Internacional de Terapeutas.
- Complemente esta leitura com as dicas do consultor financeiro Rodrigo Dani para você planejar seu ano financeiramente e evitar estresse: LEIA.