8 coisas a serem evitadas no caminho para a felicidade
Filósofo espanhol chama a atenção para a escolha de algumas rotas neste longo e tortuoso caminho
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1 - Não deposites esperanças no passado nem na estúpida crença que só lá pudeste ser feliz: estás desperdiçando oportunidades incríveis do presente, lugar que habitarás para o resto de tua vida, para começar de novo, para ser feliz.
2 - Não te apegue, não tente deter a passagem do tempo. Não finjas que algo não terminou, quando na verdade já aconteceu. Nada dura para sempre, nem o bom e tampouco o mal: se fundamentas tua felicidade em algo material, seja uma empresa, tua esposa, teus filhos, um carro… estarás dando força para que - uma vez que não esteja no teu controle - sejas um completo infeliz.
3 - Não fiques planejando e maquinando continuamente o que é que te faz feliz, pois, assim, estás deixando de lado o domínio das emoções, a alegria de viver e de sentir. Todos os que um dia estiveram à beira da morte e voltaram, dizem o mesmo: viram mosaicos feitos de pequenos momentos que se dividiam com os seres mais queridos e que agora voltam a citar. Nunca ninguém se lembrou do último contracheque ou da última letra da hipoteca.
4 - Não adies nenhuma decisão, não temas viver como um principiante, não deprecies o dom que te foi dado. Se trais a ti mesmo, trais as possibilidades que te foram confiadas para ser feliz. Basta-te com muito pouco. Na verdade, com quase nada. Como dizem os taoístas: quem muito acumula, sofrerá grandes perdas.
5 - Não sejas surda para tua intuição. Satisfaça teus desejos na medida que puderes, ou não os aumente se sabes que não podes preencher-lhes. Sentir-se infeliz é sentir-se insatisfeita. Podemos ser responsáveis por nossa infelicidade se não nos propusermos metas impossíveis que, suspeitosamente, se parecem muito com as do vizinho e não como genuinamente nossas.
6 - Se te manténs sempre ativa, se te deixas levar pelo turbilhão de acontecimentos, cavalgarás todo o tempo em cima de um tigre louco que só parará quando ele quiser, sem que possas decidir qual o momento. Cultive a arte de estar em ti mesmo, de sentir o corpo, seja através da meditação ou do esporte.
7 - Se fechas toda possibilidade para que o novo chegue, inclusive se petrificas teu conceito de felicidade e não o deixas fluir, estarás condenado à dor. Os conceitos mudam conosco, com nossas vivências e nossas experiências. Se não podes, ao menos finja aceitar a mudança. Pela imitação, diziam na Idade Média, também se chega à santidade. Imita teu melhor eu, e, assim, personagem e ator se tornarão um.
8 - Partindo do ponto de querer ser bem-sucedido em tudo que se faça, incluindo o desejo de ser feliz, novamente estaremos colocando energia no lado oposto: o fracasso. Acredite! Ele será a sombra que nos acercará. Todos buscamos o mesmo: o reconhecimento da felicidade e o reencontro desse estado de ânimo, além das boas vibrações.
Fonte - Publicado originalmente no jornal Nosso Bem Estar de novembro de 2008, assinado pelo professor espanhol de Filosofia Luis Miguel Andrés.