Reeducação alimentar traz ganho de saúde e energia
Saiba como escolhas alimentares conscientes e equilibradas impactam positivamente a saúde e a qualidade de vida e veja a diferença entre reeducação alimentar e dieta
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Quando falamos em reeducação alimentar, estamos falando da modificação de hábitos e comportamentos em relação à nutrição com o objetivo de melhorar a qualidade de vida. O resultado dessas mudanças benéficas pode incluir, além da manutenção da saúde, a potencialização dos processos de emagrecimento, o aumento da energia para a execução de atividades diárias ou mesmo de exercícios específicos, bem como o auxílio no tratamento de doenças.
De acordo com Gustavo Bortolini - nutricionista pós-graduado em Emagrecimento e Hipertrofia - a adoção de novos hábitos alimentares centrados em alimentos nutritivos e porções adequadas pode promover uma melhora significativa na saúde de forma geral. “Uma alimentação saudável desempenha um papel crucial tanto para o corpo quanto para a mente, fornecendo os nutrientes necessários para o melhor funcionamento de ambos. Fazer escolhas alimentares conscientes e equilibradas pode ter um impacto positivo em todos os aspectos da vida”.
E detalha: “O aporte nutricional correto pode ajudar a prevenir uma série de doenças crônicas, doenças cardíacas, diabetes tipo 2, obesidade, hipertensão arterial e certos tipos de câncer. Além disso, ajuda a alcançar e manter um peso saudável ao longo do tempo, ao invés da adoção de dietas da moda ou práticas extremas de restrição alimentar”.
Reeducação alimentar e dieta - entenda a diferença
Vale frisar que reeducação alimentar e dieta não são a mesma coisa. A primeira, como já foi dito, envolve uma profunda mudança de hábitos alimentares e a segunda, em geral, está associada à restrição de alimentos. Mas Gustavo ressalta: “Não podemos esquecer que uma alimentação equilibrada vai além de um simples termo, justamente pelos diferentes significados e conotações para diferentes pessoas e contextos.”
Nesse ponto, ele destaca a importância de buscar um profissional de saúde qualificado, que ajude a desenvolver um plano alimentar adequado e sustentável para alcançar objetivos específicos de saúde e bem-estar, visando principalmente o longo prazo. E vale lembrar: a reeducação alimentar não está relacionada apenas à seleção de ingredientes mais saudáveis e de melhor qualidade, mas também às práticas incluídas na rotina (que acabam se tornando hábitos), como mastigar de forma correta ou mesmo estabelecer horários para as refeições.
Como funciona a reeducação alimentar?
Gustavo explica que se reeducar nutricionalmente não é uma tarefa fácil, justamente por carregar consigo a adoção de um novo estilo de vida e mudanças de hábitos que irão impactar a rotina do indivíduo. “As mudanças devem ser realizadas de forma gradativa, ou seja, sem extremismos. A melhor mudança é aquela que se mantém, que se torna parte da vida da pessoa e não aquela que te leva ao resultado mais rápido.”
Segundo o nutricionista, em muitos casos, a mudança não se inicia pela alimentação, mas pela forma como a pessoa se alimenta. “Isso inclui a mastigação, a atenção plena na hora de realizar a refeição (Mindful Eating), a organização na hora de preparar as refeições e a delimitação de horários. Esta junção de fatores, aplicada a uma constância de hábitos, resultará em uma rotina de vida mais saudável.”
Acompanhe alguns hábitos ligados à alimentação que, segundo o nutricionista Gustavo Bortolini, podem beneficiar sua saúde:
- Procure se alimentar sem pressa, mastigando bem os alimentos e pausando entre uma porção e outra;
- Evite a ingestão de líquidos durante a refeição, e caso o faça, prefira água;
- Faça suas refeições longe de discussões, em ambientes tranquilos e sem distrações, como televisão ou internet;
- Dentro do possível, cozinhe em casa, elaborando suas próprias refeições;
- Evite o consumo de alimentos ultraprocessados, priorizando produtos frescos e orgânicos;
- Procure se hidratar de forma adequada, bebendo ao menos dois litros de água por dia;