Incontinência urinária não é uma sentença
É desconfortável e motivo de vergonha, mas tem solução. Saiba também quando é hora de buscar ajuda médica
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A incontinência urináriaé um problema que pode atingir pessoas de diferentes idades, mas que se torna mais iminente com as alterações hormonais causadas pela menopausa e andropausa.
A fisioterapia pélvica é uma especialidade da fisioterapia criada justamente para ajudar a resolver este incômodo problema. Assim como os músculos do abdômen, das pernas e dos braços são treinados e fortalecidos através de exercícios, os músculos do assoalho pélvico também podem exercitados com a orientação de um(a) profissional específica.
O assoalho pélvico é composto de estruturas musculares e ligamentares inseridas na pelve óssea com a função primária de sustentação dos órgãos pélvicos (reto, útero, bexiga). Atuam diretamente na continência urinária e fecal, permitindo a contração e o relaxamento de esfíncteres. Além disso, estão envolvidos na dinâmica de estabilização do corpo envolvendo abdômen e membros inferiores.
Através da fisioterapia pélvica é possível atuar na prevenção e reabilitação de disfunções do assoalho pélvico, como incontinência urinária de esforço, dores pélvicas, constipação crônica, dores na relação sexual, entre outros. É também indicada para ajudar gestantes na preparação para o parto.
Bexiga hiperativa
O hábito de urinar frequentemente à noite pode ser um indicativo de um problema de saúde chamado bexiga hiperativa, uma condição que afeta milhões de pessoas e compromete significativamente a qualidade do sono e do bem-estar geral.
Embora a bexiga hiperativa seja mais comum em pessoas acima dos 40 anos, ela pode ocorrer em qualquer idade e tende a ser subdiagnosticada, já que muitas pessoas acham que o comportamento é "normal" com o passar dos anos.
Segundo o urologista Alexandre Sallum Bull, a bexiga hiperativa é caracterizada pela vontade súbita e incontrolável de urinar, muitas vezes acompanhada de episódios de incontinência (vazamentos de urina). Essa condição ocorre quando os músculos da bexiga se contraem involuntariamente, mesmo que a bexiga não esteja cheia.
“A bexiga hiperativa não é apenas um incômodo. Ela pode impactar profundamente o sono, a produtividade e até a saúde mental, causando estresse e vergonha em situações sociais. O impacto da bexiga hiperativa vai além do físico. A perda de sono e o desconforto constante afetam o humor, a energia e até as relações pessoais,” alerta o urologista.
A bexiga hiperativa pode ter múltiplas causas, desde alterações neurológicas até irritações na bexiga, infecções, cálculos renais e até tumores. A menopausa em mulheres e a queda de testosterona em homens podem aumentar o risco. O diagnóstico é feito com base no histórico médico e em exames que avaliam o funcionamento da bexiga. O tratamento é individualizado e pode incluir mudanças no estilo de vida, terapias comportamentais e medicamentos.
“Se a urinação frequente durante a noite ou os outros sintomas estão afetando sua qualidade de vida, é essencial buscar ajuda. Ignorar os sinais pode levar a complicações, como infecções urinárias recorrentes, queda da qualidade do sono e problemas psicológicos”, orienta o médico.