Entendendo a psicologia da Hipertensão
As “pressões da vida” podem se tornar evidentes e tratadas, mas antes é preciso se livrar dos hábitos insalubres
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No final de ano, é comum acontecerem sintomas de picos de pressão, por conta do acumulado do ano e das próprias exigências que a época nos impõe. É um tempo de balanços sobre o que foi (ou ainda não foi) feito, de pressões com (auto) cobranças sobre novas perspectivas ou mesmo de imposição de encontros e confraternizações nem sempre saudáveis.
Para saber como está a sua pressão comece por uma simples aferição. A medição da pressão arterial nos dá uma valiosa referência a respeito do funcionamento do sistema circulatório e, em geral, de todo o organismo, já que não há nada em nós que funcione de forma isolada e separada. Ao contrário, cada parte é reflexo do todo e este é uma expressão composta e matizada por cada uma de suas partes.
Entenda as causas
De um ponto de vista geral e puramente mecânico, considera-se que o excesso de pressão pode ser de duas formas: pela quantidade excessiva de líquido circulante em relação à capacidade do sistema ou pela redução do diâmetro dos tubos sanguíneos e ainda por sua perda de elasticidade.
Os tratamentos habituais levam em conta somente esses aspectos mecânicos. Nesta lógica, os medicamentos tentam reduzir o líquido circulante através do uso de diuréticos e/ou atuam sobre a musculatura lisa da parede dos vasos sanguíneos, forçando um funcionamento mais relaxado, diminuindo a resistência à passagem do sangue.
Esse ponto de vista mecânico é muito limitado, já que o problema tem muito mais matizes e não pode ser reduzido a uma simples questão hidráulica.
O Sistema Nervoso Vegetativo intervém de forma direta na regulação da tensão arterial. A ação equilibrada do simpático e do parassimpático (um contrai e o outro relaxa) se expressará como o fiel da balança, na tonicidade e na flexibilidade da parede arterial responsáveis pela resistência à passagem do sangue, e determinará a pressão de todo o sistema.
Se o Sistema Nervoso Vegetativo modula a tonicidade das paredes dos vasos sanguíneos com seu funcionamento dual (simpático/parassimpático) de uma forma autônoma, pode-se dizer que o mecanismo não passa pela consciência, sendo, então, um reflexo e expressão de nosso inconsciente. Acrescente-se a isto que as emoções são veiculadas no corpo pelos hormônios e vão ser responsáveis, dentre outras coisas, pela tensão arterial, ao regular de forma direta a quantidade de líquido que circula no organismo.
Assim, o tratamento da hipertensão é uma tarefa que requer investigações mais profundas, mas que deve iniciar com a disciplina de hábitos alimentares – dieta com pouco sal e gordura animal, sem café e outros excitantes – e com a prática regular de exercícios suaves e constantes, como o caminhar, por exemplo.
Pouco a pouco, sem a distorção acarretada por hábitos insalubres, as “pressões da vida” podem se tornar evidentes e tratadas.
A hipertensão, como qualquer outra enfermidade, deve ser entendida dentro da vida de cada pessoa como um traço a mais entre todos os que compõem sua totalidade. Nesse quadro composto por traços físicos e psicoemocionais, os sintomas adquirem significado. Uma vez compreendida a mensagem que trazem, podem vir a ser eliminados com mudanças de hábitos e tratamentos adequados.
10 dicas básicas para você prevenir a hipertensão
- Aferir pelo menos uma vez por mês a pressão sanguínea.
- Em caso de níveis altos, confirmar com medições semanais se é hipertensão ou se é só circunstancial.
- Submeter-se a um exaustivo controle médico, se forem diagnosticados índices altos de pressão sanguínea, para uma avaliação mais apurada do estado de saúde arterial.
- Não subvalorizar nenhum sintoma relacionado com a hipertensão: dor de cabeça, alterações visuais, vertigens, dificuldades na memória e concentração...
- Praticar diariamente algum tipo de exercício físico. O mais importante é a constância, não a intensidade.
- Evitar o fumo e o estresse.
- Praticar técnicas de relaxamento – como o yoga e a meditação – é comprovadamente eficiente para o controle da hipertensão.
- Controlar o nível de gordura no sangue, sobretudo os níveis de colesterol total e de triglicerídeos (que devem ser inferiores a 200 mg/dl em ambos os casos).
- Reduzir o consumo de sal e gorduras saturadas (carne, ovos e produtos lácteos).
- Passar a ingerir oligoelementos – magnésio e potássio, especialmente – como suplementos dietéticos, se necessário.
A hipertensão sempre necessita de um tratamento. Na Medicina Natural é possível encontrar tratamentos de sucesso através de remédios homeopáticos, fitoterápicos, complementos nutricionais, aromaterapia, práticas de relaxamento, massagens e outros, que vão colaborar para reequilibrar a pressão, atuando nos níveis físico e psicológico.