A pele é um instrumento de diagnóstico muito preciso
Tratamento indica somente passar na sua pele aquilo que você pode comer

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Paulo Alvarenga*
A pele é o maior órgão do corpo com capacidade de digestão. A digestão bioquímica digere tudo aquilo que é colocado nela.
No Ayurveda a pele é um instrumento de diagnóstico muito preciso. Observamos o que está fora para perceber o que está dentro e discernir como tratar a digestão, a mente e a emoção.
A pele digere o frio, o calor, tem importantes sensores para a regulagem e equilíbrio térmico do corpo. Tem digestão sutil, percebe energias. A "química" ou repulsão que sentimos com outros seres é em razão disto.
A pele expressa o que nos alimentamos e sugerimos ou não.
Tipos de pele
Pele brilhante e viçosa indica boa digestão.
Pele seca indica agravação de Vata, que pode ter como origem desnutrição, ansiedade, preocupação, insônia ou mau funcionamento do intestino por ressecamento.
Pele inflamada, com ardor ou vermelhidão, está relacionada com Pitta, alimentação excessivamente condimentada, industrializada, sistema digestório acidificado, irritabilidade, raiva.
Pele com edemas, oleosa, indica agravação de Kapha, tem origem em excessos alimentares, consumo excessivo de doces e/ou gorduras, apegos, tristezas e solidão.
Pele e Pitta
Na visão do Ayurveda , a medicina tradicional da Índia, pele e Pitta são quase sinônimos.
Pitta, a energia do fogo, atua nas transformações necessárias para a manutenção da vida. Transforma alimentos em nutrição e energia, transforma cores em imagens (visão) transforma sensações, pensamentos e emoções em discernimento.
A partir do diagnóstico, é importante também lançar mão de um tratamento estético natural e adequado para nossa mais nobre vestimenta, a pele.
Por isso, o conselho ayurvédico é bem claro: "somente passe na sua pele, aquilo que você pode comer".
*Paulo Alvarenga - Terapeuta ayurvédico e fundador da clínica Taj Mandal