Cartilha combate racismo nas expressões
Precisamos mudar expressões racistas corriqueiras
1 min de leitura
São muitas as palavras e expressões que usamos frequentemente e que (queiramos ou não) têm origem racista.
Diante dessa constatação, várias entidades brasileiras vêm lançando materiais para alertar sobre a necessidade de atentar para a linguagem.
Entre elas está a cartilha Racismo Sutil, organizada pelo Programa Sesc, Senac de Diversidade, que apresenta uma série de palavras e expressões presentes no nosso vocabulário cotidiano e que nos fazem reproduzir discursos preconceituosos. Segundo a cartilha "a maior expressão do preconceito racial no Brasil está justamente na negação desse preconceito".
Vamos todos ficar atentos e treinar a linguagem e atitudes corretas. Pois, como diz a ativista norte-americana, Angela Davis, "numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser antirracista".
Algumas expressões que precisamos mudar
– “A coisa tá preta”: O termo associa a palavra “preto” com uma situação desconfortável, desagradável, difícil ou perigosa. Você pode dizer que “a coisa tá difícil”;
– “A dar com pau”: A expressão tem origem nos navios que traziam os povos escravizados, quando algumas pessoas preferiam morrer de fome a serem escravizadas. Assim, elas eram alimentadas à força com um tipo de colher de pau grande, daí vem a expressão “a dar com pau”. Substitua por “bastante, muito, etc”;
– “Denegrir”: Tem como real significado “tornar negro”, “escurecer”. É usado para difamar ou acusar injustiça por outra pessoa, sempre usado de forma pejorativa, ou seja, utilizar esta palavra pejorativa é extremamente racista. Sugestão: usar “difamar”.