MARGS dá início às comemorações de seus 70 anos

Exposições do fotógrafo Pierre Verger trazem o olhar da diversidade

Redação NBE

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01/08/2023
MARGS dá início às comemorações de seus 70 anos Acervo MARGS

3 min de leitura

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul dá início às comemorações de seus 70 anos– a ser celebrado em 27 de julho de 2024 – inaugurando duas exposições que trazem a público a importante obra do fotógrafo Pierre Fatumbi Verger (1902 – 1996).

Apresentadas em uma parceria com a Fundação Pierre Verger — instituição sediada em Salvador (BA) dedicada à obra do fotógrafo, etnólogo, antropólogo e escritor francês —, as mostras “Todos iguais, todos diferentes?” e “Orixás” têm curadoria de Alex Baradel, especialista responsável pelo acervo fotográfico da Fundação. As exposições abordam o olhar do fotógrafo e pesquisador Pierre Fatumbi Verger sobre a diversidade cultural e a influência recíproca da religiosidade nas culturas africanas e afro-brasileiras.

“Todos iguais, todos diferentes?” traz um recorte dos retratos feitos por Verger a partir de seus encontros nas viagens que realizou pelo mundo durante mais de 40 anos. São imagens que, a partir de seu olhar, ressaltam os aspectos da diversidade cultural e do respeito ao outro.

“Orixás” traz uma seleção de fotografias que compõem o livro homônimo de Pierre Fatumbi Verger, reeditado pela Fundação Pierre Verger em 2018, que apresenta o resultado da pesquisa pioneira do artista sobre as influências culturais e religiosas recíprocas entre África e América.

As duas exposições são apresentadas no 1º andar expositivo do MARGS (Pinacotecas e sala Aldo Locatelli) e seguem em exibição até 08 de outubro de 2023. A visitação é gratuita, de terça-feira a domingo, das 10h às 19h (último acesso 18h). Visitas mediadas para grupos e escolas podem ser agendadas pelo email educativo@margs.rs.gov.br.

“Todos iguais, todos diferentes?”

A exposição “Todos iguais, Todos diferentes?” estreou em 2019, no Museu da Imagem e do Som — MIS, de São Paulo, e no começo de 2023, em seu retorno após a pandemia, passou pelo Museu de Arte do Rio — MAR, de onde chega agora ao MARGS.

A mostra traz uma seleção dos retratos captados por Verger, desde os anos 1930, em suas viagens pelos cinco continentes, apresentando homens e mulheres, velhos e jovens, comunidades ocidentalizadas ou permeadas pelas culturas ancestrais, anônimos ou famosos.

No coração da obra fotográfica do artista, está a diversidade cultural, o encontro e o respeito pelo outro, e são esses aspectos que a exposição busca salientar.

São apresentadas dezenas de fotografias ampliadas em grande formato, além de placas de contato originais. A mostra também conta com uma projeção audiovisual com retratos de Verger, simultaneamente à leitura dos artigos da declaração universal dos direitos humanos. Além disso, traz depoimentos de artistas, antropólogos, linguistas, militantes e intelectuais provenientes de diversas culturas e países, que trazem problemáticas, dialogando com a ideia central da mostra: a importância da luta pela diversidade cultural e pelo respeito ao outro.

“Orixás”

A exposição “Orixás” reúne uma seleção de fotografias ampliadas em grande formato que compõem o livro homônimo de Pierre Fatumbi Verger, lançado pela primeira vez em 1981 e reeditado pela Fundação Pierre Verger, em 2018.

O livro, considerado pela Folha de São Paulo como um dos 200 livros mais importantes para se entender o Brasil, compila, de forma plástica e poética, as pesquisas de Verger sobre a história e mitologia dos orixás nas religiões afro-brasileiras, sobretudo em Salvador e Bahia, além de destacar a origem desses rituais na cultura e nos mitos iorubás africanos em países como Nigéria, Daomé (atual Benin) e Togo.

Ao realizar esses estudos em suas viagens desde a Bahia e Recife e até a região do Golfo de Benin, entre os anos 1948 e 1978, Verger se tornou pioneiro na pesquisa quanto às influências culturais e religiosas recíprocas entre África e América, tal como passaram a se dar a partir do século XVI, com a diáspora africana ocorrida em função do tráfico de negros escravizados.

Além das fotografias, a exposição também contará com o depoimento de Mãe Stella Oxóssi, ialorixá do terreiro Ilê Axe Opô Afonjá, terreiro que Verger era pessoalmente vinculado. O texto também introduz o livro “Orixás”, que estará à venda na Livraria e Loja do MARGS. “Orixás” reúne mais de 250 fotografias com textos originais.

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