On-line x On-life

Confira se você é viciad@ na internet e aproveite as dicas para evitar o prejuízo das telas

Redação NBE

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18/01/2025
On-line x On-life Alterar

3 min de leitura

Limitar o tempo de telas ainda é a melhor solução para reduzir a desestruturação cerebral que os meios digitais estão causando. E os brasileiros que despontam entre os usuários que passam mais tempo on-line (em média 9h13) têm muito trabalho pela frente.

Não ficar o tempo todo conectado no “planeta mobile” pode ser uma forma de não pagar um alto preço por esse comportamento insensato.

As dicas abaixo foram compiladas a partir de entrevista com Cristiano Nabuco, pós-doutor em Psiquiatria e coordenador do Grupo de Dependência Tecnológica da Universidade de São Paulo (veja a entrevista aqui).

1 - Dê o exemplo

Jovens sempre copiam os mais velhos. Não adianta dizer que é ruim ficar conectado o tempo todo se você é o primeiro a carregar o celular para a mesa, para a cama, ou ficar usando-o em meio a conversas. Os pais precisam rever a forma com que utilizam a tecnologia e qual o exemplo que estão dando aos menores.

2 - Crie regras

Ajude os filhos a planejarem o uso das tecnologias como você faria com qualquer outra atividade. Você não vai deixar o seu filho estudando o dia inteiro, ou praticando esporte o dia inteiro, ou comendo chocolate o dia inteiro. Então também não deve ficar conectado o dia inteiro. A ideia é que se permita o acesso com respeito pela individualidade. No caso de menores, um acesso supervisionado, da mesma forma que monitoramos o filho quando diz que vai dormir na casa de um amigo – a gente pergunta quem é o amigo, onde ele mora, tem irmãos, etc.

3 - Tempo de uso

A partir de uma hora de uso o cérebro já começa a sofrer algum tipo de efeito. Quem trabalha com computador, a cada uma hora, por exemplo, deve levantar e fazer alguma atividade diferente. Isso colabora para mudar a operação mental e, desta forma, não estressar seu cérebro.

Homem de blusa laranja segurando cartaz que mostra o símbolo de proibido celular.

4 - Uso excessivo

A dica é ficar atento quando o nosso cotidiano começa a sofrer algum tipo de prejuízo pelo uso das mídias digitais. Quando as atividades do cotidiano deixam de ser realizadas – comprar, conversar, assistir filmes – , em função de o indivíduo preferir realizá-los sempre através das mídias digitais. Esse é, digamos, “o farol amarelo” que se acende para alertar que o indivíduo já está começando a ficar excessivamente dependente do prazer originado pela vida digital.

Você é viciad@?

Alguns aspectos indicam que já está havendo uma transição do uso excessivo para o que se chamaria de “uso patológico”.

Leia com atenção e veja se você já tem alguns destes sintomas:

1 - Preocupação constante com o que acontece na internet quando está offline.

2 - Necessidade contínua de utilizar a web como forma de obter excitação.

3 - Irritabilidade quando tenta reduzir o tempo de uso.

4 - Utilização da internet como forma de fugir de problemas ou aliviar sentimentos de impotência, culpa, ansiedade ou depressão.

5 - Mentir para familiares para encobrir a extensão do envolvimento com as atividades on-line.

6 - Diminuição ou piora do contato social com amigos e familiares.

7 - Falta de interesse em atividades fora da rede.

8 - Comprometimento das atividades profissionais e acadêmicas, como perda do emprego ou não ser aprovado na escola.

9 - Lesões nas articulações dos dedos causadas pela intensa digitação.

  • Leia também:

- Uma obsessão chamada internet

- Luz no fim da tela

- Precisamos regular a internet urgente

- Precisamos saber mais sobre Fake News

- Não, não liga pra ele

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