Banco de Tempo
Tempo não é dinheiro, é vida. Essa é a lógica do “Banco de Tempo”
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Como a vida de todo mundo é igualmente valiosa, uma hora de consulta médica é igual a uma hora de serviço de pintura, por exemplo. Essa é a lógica do “Banco de Tempo”: reunir gente que troca serviços sem cobrar em dinheiro, em bases igualitárias e que usam como moeda “créditos” de horas.
A experiência vem se espalhando pelo mundo como saída diante da frieza das relações mercantis. Os primeiros bancos de tempo teriam surgido na Itália há vinte anos e em Portugal há quinze. No Brasil, o sistema começa a ganhar força.
Os serviços oferecidos são os mais diversos e divididos em categorias como: alimentos, transporte, turismo e projetos. O número de horas cobradas por cada um deles pode variar e a negociação é liberada, mas todos os talentos são valorados da mesma forma.
Na zona rural de Novo Hamburgo, o Banco de Tempo Lomba Grande criou possibilidades de troca de horas trabalhadas nas hortas por alimentos cultivados sem veneno, uma iniciativa para garantir o acesso das famílias aos alimentos.
Até abril deste ano, o Lomba Grande envolveu 57 famílias, sendo que 14 pessoas trabalharam 923 horas, que foram trocadas por 843 unidades de verduras e 37 sacos de compostos orgânicos. Nesse mesmo período, outras 43 famílias adquiriram cestas de produtos agroecológicos cultivados no organismo agrícola da Família Bühler, onde funciona o banco.