Yogas, solstícios e fogueiras

O Dia Internacional do Yoga é comemorado em vários países no dia 21 de junho depois que a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas em assembleia geral no ano de 2014, atendendo proposição do governo indiano.

A ideia é que o dia promova reflexões sobre evolução da humanidade, sobre o respeito pela vida humana (Ahimsa) e por toda a vida que o Planeta sustenta.

A resolução da ONU considera que o Yoga proporciona uma abordagem holística da saúde e bem-estar e que uma maior conscientização sobre os benefícios dessa prática seria benéfica para a saúde da população mundial.

A data foi oficializada para o dia 21 de junho que tradicionalmente marca o Solstício de Verão no hemisfério Norte e o Solstício de Inverno no hemisfério Sul. Como em 2024 estamos em ano bissexto, o inverno vai iniciar no dia 20 de junho, às 17h51, pelo horário de Brasília.

Solstícios

Os Solstícios são considerados datas especiais, quando as influências cósmicas se tornam favoráveis às práticas espirituais.

De acordo com a tradição yogui, a primeira transmissão do conhecimento do Yoga foi feita neste dia do solstício de verão por Shiva, o primeiro Guru.

Para os habitantes do Hemisfério Norte, o solstício de verão é o tempo de saudar o sol, a chegada dos dias mais longos, de praticar yoga ao ar livre e de estar mais perto da natureza.

Os moradores do Hemisfério Sul do Planeta estarão ao mesmo tempo acendendo fogueiras para iluminar a noite do solstício de inverno, a mais longa do ano, e para aquecer os ambientes diante da chegada das temperaturas mais frias.

Este ritual pagão milenar de acender fogueiras foi absorvido pelo cristianismo que justificou santidades para a data. A fogueira no Dia de São João teria sido acendida pela primeira vez no alto de uma montanha por Isabel para avisar Maria, mãe de Jesus, que seu filho João Batista havia nascido. A tradição está mantida até os tempos atuais.

A tradicional música de quadrilhas de São João convida: “olha pro céu meu amor, veja como ele está lindo”. Para este mês de junho – e para os próximos tempos – é isto que queremos: um céu lindo, sem temporais. E, seria ainda melhor, muita prática de yoga e reflexões sobre a nossa evolução pessoal e coletiva.