O Nosso Bem Estar é um milagre! E posso provar

Uma história pessoal que nunca contei aos leitores

Erico Vieira

Erico Vieira

03/07/2024
O Nosso Bem Estar é um milagre! E posso provar Arquivo NBE

4 min de leitura

Todos sabemos do esforço hercúleo que qualquer empreendedor enfrenta para conseguir prestar um serviço à sociedade e conseguir prosperar. Com nosso querido jornal não foi nem é diferente e quero partilhar uma de tantas histórias e vitórias que vivemos.

No Brasil, a taxa média de duração de uma empresa é de 4 a 5 anos, sendo que 50% fecham as portas até 2 anos e apenas 25% das empresas chegam aos 10 anos, ou seja, apenas uma em cada 4 empresas permanece funcionando aos 10 anos. Não consegui os dados sobre quantas empresas chegam aos 20 anos, mas não duvidaria se me dissessem que menos de 10% das empresas tem tamanha longevidade.

Outros desafios

O fato é que além de todas as estatísticas existem três outros desafios para nascer e crescer. O primeiro é que se trata de um jornal gratuito ao público, ou seja, toda subsistência, manutenção e abundância sempre dependeu dos parceiros anunciantes. Eles, é claro, aproveitam desse super veículo temático para se beneficiar, mas são eles que possibilitam que todo o propósito de levar informação de qualidade continuasse nesses 20 anos.

É um tripé de benefício mútuo onde os leitores fazem sua parte usufruindo dos produtos e serviços de quem divulga, os anunciantes se beneficiam do jornal e este traz informações tão relevantes para a vida dos leitores nas diversas cidades onde o NBE circula.

O segundo desafio era a temática, sendo esta tão cheia de preconceitos limitantes no começo dos anos 2000. E assim iniciamos o milênio tendo em nossos pulmões o desejo de informar, alertar, conscientizar e educar as pessoas que já sentiam que o mundo estava indo para um lugar onde a saúde física, emocional e espiritual não poderiam andar separadas e que essa união seria crucial para o indivíduo e para o futuro da sociedade.

O terceiro desafio é um fato nunca revelado. Agregue todos os desafios acima e coloque uma pitada de amadorismo, noção zero de administração, publicidade, ignorância no universo gráfico e coroe tudo isso com um planejamento econômico que suportou apenas uma única edição do jornal. Consegue imaginar?

Então como o jornal rodou apenas uma edição e (como todo começo de negócio) não chegou nem perto de ter um empate financeiro. Ali estávamos nós, eu e a Célia Russo (minha querida sócia) com uma ideia maravilhosa, uma intenção pura e coração vibrante, mas sem condições de continuar.

Equipe do Nosso Bem Estar

Difícil de Acreditar

Foi então que fui até a inspiradora Celesthyna Tavanielo, uma de nossas anunciantes colaboradoras, decidido a torná-la uma sócia, pois percebi nela alguém inteligente, com pés no chão e propósito elevado. Além de tudo era administradora. Já tinha inclusive uma empresa, uma sala comercial e uma secretária. Seria perfeita!

Então marcamos um encontro e coloquei minha ideia. Ela ouviu, ficou triste pela situação do jornal, ao mesmo tempo que lisonjeada pelo convite. No entanto, após eu terminar, ela rejeitou o convite dizendo que, enquanto eu falava, ela teve uma intuição sobre alguém que se interessaria. Me disse: “O nome dele é Max. É jornalista. Adora essas temáticas do jornal. Inclusive já fez curso comigo. Bah! Tu vai gostar dele. Um menino que tem um coração muito bom! Olha, minha intuição nunca falha.”

Na mesma semana liguei para o Max e marcamos um encontro. Eu e a Célia colocamos nossa proposta e ele ficou surpreso. Primeiro, porque ele tinha visto a primeira edição do jornal e tinha adorado o conteúdo. Segundo, porque ele imaginava que o encontro era para convidá-lo para anunciar no jornal. Negamos dizendo: “Estamos te convidando para ser o dono do jornal!”

Grupo de trabalho Nosso Bem Estar

E foi assim que dois dias depois eu estava fazendo sociedade com uma pessoa totalmente desconhecida, sem nem mesmo um contrato. Jovens de 20 e poucos anos, inocentes, sonhadores e altruístas.

Depois de alguns anos tomamos conhecimento do quanto é comum amigos se tornarem sócios e depois perderem a amizade. No nosso caso, éramos desconhecidos, que se tornaram sócios e ganharam uma amizade.

Por isso quero agradecer e reconhecer a energia e trabalho dessas pessoas. Ao Max pelo que comentei acima. À Célia pela força, incentivo e sabedoria, e por mostrar que tudo é energia. Ao Ralph, nosso mentor e responsável pela maioria das coisas que aprendemos sobre essa área, por sua generosidade, entusiasmo, visão e bom humor. Quero agradecer e reconhecer a energia e trabalho de todos os colaboradores que tivemos, pois além de fundamentais, sem eles não seria possível tamanha longevidade.

E um reconhecimento especial às atuais editoras, Vera Mari Damian e Rose Brogliato, pela continuidade do propósito através da criatividade e da alma.

Por seguirem beneficiando milhares de pessoas através desse ser que é o Nosso Bem Estar, que pulsa em prol da vida e da cultura de paz. E, definitivamente, a vida pulsa através dele. Sua existência é igual à nossa: um milagre. Por isso todos devemos celebrar!

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Erico Vieira

Erico Vieira

Fundador da Rede de Mídias Nosso Bem Estar

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