Fogo, Fogo, Fogo
A casa está pegando fogo e o beija-flor está morrendo
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Conta a história que o beija-flor tentava apagar o incêndio na floresta levando pequenas quantidades de água no bico. Quando foi questionado em por que mover tanto esforço inútil ele respondeu simplesmente: “estou fazendo a minha parte”.
Muita gente está se sentindo como este beija-flor diante do escândalo das queimadas e incêndios florestais no Brasil que já afetam 60% do território nacional, seja pelo fogo ou pela fumaça.
Por todo o país
Até na Serra Gaúcha, distante cerca de mil quilômetros do estado de São Paulo e de outros milhares de quilômetros do Pantanal, Cerrado e Amazônia, o ar está irrespirável por conta da fumaça que chegou vinda do Norte. Acrescenta-se neste cadeirão as queimadas de campo típicas desta época do ano.
Foto: Vera Damian
O cientista brasileiro Carlos Nobre, considerado um dos mais renomados meteorologistas do país, relata que, segundo o observatório europeu Copernicus, o estado de São Paulo esteve entre os locais mais afetados por incêndios florestais NO MUNDO em agosto de 2024.
Segundo a Agência Brasil, o país está prestes a ultrapassar a marca de 160 mil focos de incêndio em 2024. Um aumento de mais de 100%.
As causas? Secas, incêndios criminosos, aquecimento global, acidentes de manejo, irresponsabilidade, maior seca da história da Amazônia, número minúsculo de brigadistas, Ibama desmontado por gestões federais recentes e tantas outras explicações que neste momento não interessam. Nem os dados interessam neste instante.
Quando uma casa está pegando fogo, todo mundo grita FOGO, FOGO, FOGO e precisa se mover de alguma forma para ajudar a apagar o incêndio. Os governos municipais, estaduais e federal mais ainda. E PRA ONTEM.
Os reles mortais cidadãos e cidadãs precisam gritar bem alto e exigir providências, que a justiça seja feita e que seja exemplar para não mais se repetir. E também vale um telefonema para aquele parente gaúcho irresponsável que migrou para a Amazônia, para o Cerrado ou para o Pantanal a fim de enriquecer às custas dos biomas naturais. Avisa eles que as “nonas” daqui do Sul vão morrer nas enchentes ou por falta de ar. Crianças incluídas.
Eles vão até ficar ricos, mas sem pátria e sem família. Para Deus - que não mata, mas castiga - vão ter que se explicar e aguentar a lei do retorno.